Como escolher o bico certo para a pulverização agrícola?
O processo de pulverização agrícola conta com o auxílio de uma imensa variedade de bicos e maquinários exclusivamente criados para promover uma excelente cobertura, de acordo com o objetivo de cada aplicação.
Poucos processos evoluíram tanto na agricultura nos últimos 100 anos quanto a pulverização. No século passado, os defensivos e nutrientes necessários às culturas eram espalhados sobre as folhas com o auxílio de um pano, uma por uma. Posteriormente, regadores e até mesmo vassouras passaram a ser utilizados para garantir uniformidade.
Hoje em dia, porém, o processo de pulverização agrícola conta com o auxílio de uma imensa variedade de bicos e maquinários exclusivamente criados para promover uma excelente cobertura, de acordo com o objetivo de cada aplicação.
Porém, apesar do avanço da tecnologia em relação a esse sistema, ainda existem riscos bastantes altos associados ao processo. Caso não seja realizado de maneira inteligente e muito bem estruturado, muitas consequências negativas podem aparecer.
A primeira delas refere-se à contaminação e degradação de solos e corpos d’água. O potencial poluidor de determinados produtos, especialmente quando se fala de defensivos agrícolas, é alto. Quando pulverizados sem critérios, eles afetam significativamente o equilíbrio ecológico de sua área de plantio. O resultado pode ser desastroso, inclusive trazendo ainda mais pragas e enfermidades às culturas e diminuindo a produtividade.
Além disso, uma pulverização mal controlada pode fazer com que você gaste mais produtos do que o necessário, causando prejuízos financeiros bastante consideráveis, principalmente quando a área de aplicação é extensa. A utilização de métodos de pulverização não adequados também leva a equívocos de dispersão, erros de alvo biológico e deriva (quando o produto é levado pelo vento e acaba se depositando em locais muito distantes do alvo).
Por fim, não podemos deixar de comentar que os produtos a serem pulverizados apresentam, em sua maioria, alta toxicidade e devem ser manuseados com cuidado e com a utilização de EPIs de qualidade.
Luvas, botas e até mesmo máscaras e óculos podem ser requeridos, ainda mais quando a pulverização é realizada de maneira manual. Do contrário, podem ocorrer intoxicações graves, queimaduras e, em longo prazo, desenvolvimento de tumores associados à exposição contínua ao defensivo.
O que levar em consideração
A pulverização agrícola bem realizada, como você já pôde comprovar no item anterior, é fator determinante para o sucesso de sua produção e o alcance de altos índices de produtividade em suas áreas de plantio. Por isso, é imprescindível levar outros aspectos superimportantes em consideração. Confira os principais:
Alvo biológico e posição da área de aplicação
Assim como existem distintos tipos de produtos a serem pulverizados (defensivos, nutrientes etc.), é enorme também a quantidade dos chamados alvos biológicos. Qual é o objetivo de determinada pulverização?
A resposta para essa questão define a técnica mais adequada de pulverização, levando em conta o alvo biológico e sua posição. Se ele está no solo, por exemplo, a técnica utilizada será distinta de quando o alvo se encontra na planta.
Partindo do mesmo princípio, dependendo da posição do alvo na planta (ramos, flores, parte superior ou inferior das folhas etc.), a maneira mais eficiente de realizar a pulverização será diferente.
Condições climáticas
Por melhor que seja sua técnica de pulverização, se você não levar em consideração as condições climáticas no momento da aplicação, é bastante provável que não obtenha a máxima eficiência do processo e acabe desperdiçando grande parte dos produtos aplicados.
Fatores como temperatura, umidade do ar e velocidade do vento influenciam diretamente o sucesso de uma pulverização agrícola. De maneira geral, temperaturas superiores a 30°C costumam diminuir a eficiência do processo, por aumentarem o índice de evaporação do produto pulverizado. O mesmo acontece em umidades relativas inferiores a 50%.
Em relação aos ventos, se a velocidade ultrapassar os 10 km/h haverá um aumento da deriva do produto, especialmente se o tamanho das gotas for fina ou muito fina. Por outro lado, ventos com velocidade inferior a 4 km/h diminuem o poder de penetração, principalmente nas partes inferiores das plantas.
Cobertura e volume
Para obter o maior aproveitamento possível de uma pulverização, é imprescindível definir com precisão a relação correta entre cobertura e volume. Atenção, porque esses dois conceitos são distintos, e não sinônimos!
Cobertura está relacionada à quantidade de gotas de um produto depositadas sobre o alvo durante uma aplicação. O que determinará a cobertura ideal é o tipo de produto, o tamanho necessário de gota, a utilização ou não de surfactantes, a taxa de recuperação e o volume.
Já o volume (quantidade de produto a ser aplicado), juntamente com o tamanho da gota, são os principais fatores a alterar dependendo do tipo de cobertura necessária em determinada aplicação.
Além desses três fatores, existem muitos outros que devem ser analisados com cuidado antes da pulverização, como penetração, arquitetura da planta, densidade das folhas, tamanho da gota, escorrimento e característica do bico.
Este último é tão crucial e determinante no sucesso de uma aplicação que, no próximo tópico, ensinaremos como decifrar e utilizar corretamente a imensa variedade de bicos existentes no mercado. Continue a leitura e confira!
Como decifrar a variedade de bicos
Os bicos utilizados para pulverização agrícola são inúmeros e possuem objetivos específicos e distintos. Características como vazão (padronizada pela norma ISO) e ângulo de pulverização costumam ser os principais diferenciais entre um e outro.
Como saber qual é qual? A nomenclatura dos bicos ajuda bastante nesse quesito. Abaixo listamos os principais:
Cone vazio
Esse tipo de bico distribui o produto de forma circular, com poucas gotas no centro do cone. Os ângulos variam entre 20 e 100 graus e são utilizados em pulverizadores de barra e em turboatomizadores.
Cone cheio
Como se pode imaginar, o bico do tipo cone cheio também pulveriza o produto de maneira circular. A diferença é que o bico cone cheio distribui o produto também no centro. Nesse tipo, os ângulos costumam ser fechados, variando entre 20 e 100 graus. Por isso, são recomendados para aplicação em áreas de alta densidade foliar.
Leque
O bico do tipo leque se subdivide em outros dois: leque plano padrão e leque plano uniforme. A principal diferença entre um e outro é a distribuição do volume.
O leque plano padrão é o bico mais utilizado em equipamentos de pulverização de barra. Tem como principal característica a necessidade do cruzamento dos jatos para a perfeita uniformização da distribuição do produto.
Já o leque plano uniforme apresenta distribuição uniforme ao longo de toda a faixa de aplicação, não necessitando de sobreposição para uniformizá-la. Geralmente são mais utilizados em pulverizadores costais e em pingente, para aplicações localizadas.
Impacto
Produzido para trabalhar em ampla escala de pressão (entre 15 a 90 psi), esse tipo de bico é indicado para a aplicação de fungicidas, inseticidas e herbicidas.
Com indução de ar
Esse tipo de bico com indução de ar, de última geração, é capaz de adequar velocidade de aplicação e redução de deriva, o que proporciona menor risco de contaminação do meio ambiente. Além disso, ele é capaz de gerar maior número de gotas por litro do produto aplicado. Ideal para pulverização de plantas eretas, potencializando a penetração e a cobertura.
Conheça o Jacto Smart Selector
Como você pôde comprovar ao longo do post, conseguir adequar todos os parâmetros envolvidos em uma pulverização agrícola não é assim tão simples. Além de promover excelentes coberturas, atingindo o alvo com precisão, é necessário ter cuidado para não desperdiçar o produto ou contaminar o meio ambiente, escolhendo o bico de pulverização mais adequado à cultura, ao produto a ser aplicado e às condições da área.
Entretanto, a boa notícia é que já existe uma tecnologia exclusivamente criada para auxiliá-lo nessa tarefa. O Jacto Smart Selector é um aplicativo para celular que determina o melhor bico de pulverização para certa situação.
A grande vantagem da utilização do Jacto Smart Selector é que não é necessário que o agricultor tenha conhecimentos agronômicos profundos. O programa mostra uma lista de até cinco opções de bicos mais indicados e suas características. Basta inserir no aplicativo algumas informações básicas e fáceis de obter, como:
- velocidade do vento;
- umidade do ar;
- tipo de equipamento (trator de barras, por exemplo);
- velocidade;
- espaçamento entre bicos;
- tipo de produto.
E o melhor de tudo: o Jacto Smart Selector é totalmente gratuito, simples de usar e está disponível para download em dispositivos Windows, Android e iOS! Basta baixar e sair usando!
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